Desafios de Qualidade de Crédito para Empresas Latino-Americanas em 2024
As empresas da América Latina vão enfrentar dificuldades relacionadas à qualidade de crédito em 2024, de acordo com a agência de avaliação de risco Moody’s. A agência identifica três fatores que contribuirão para essa pressão:
- Baixa dos preços das matérias-primas: A diminuição nos preços de matérias-primas como petróleo, minério de ferro e soja terá um impacto negativo nas receitas de muitas empresas latino-americanas, já que elas exportam esses produtos.
- Crescimento desigual: O crescimento econômico na América Latina será desigual em 2024, com alguns países crescendo mais rapidamente do que outros. Isso pode resultar em um aumento nas empresas inadimplentes em países com crescimento mais lento.
- Desafios climáticos: Problemas climáticos, como secas, enchentes e furacões, podem causar danos às empresas e levar a perdas financeiras.
A Moody’s prevê que a taxa de inadimplência das empresas latino-americanas aumentará de 3,5% em 2023 para 4,0% em 2024. A única exceção na região é o México, que a Moody’s acredita que estará relativamente protegido da pressão sobre a qualidade de crédito devido ao fenômeno conhecido como “nearshoring”, no qual as empresas transferem parte de sua produção para a América Latina para reduzir custos.
Para minimizar o risco de inadimplência, as empresas latino-americanas devem adotar as seguintes medidas:
- Diversificar suas fontes de receita: As empresas devem buscar maneiras de diversificar suas fontes de receita para reduzir sua dependência de um único produto ou mercado.
- Reforçar a governança corporativa: Melhorar a governança corporativa para aumentar a transparência e a prestação de contas é essencial.
- Reduzir o endividamento: A redução do endividamento ajudará as empresas a aumentar sua capacidade de resistência a choques econômicos.
A pressão sobre a qualidade de crédito das empresas latino-americanas representa um desafio significativo para a economia da região. Aquelas que adotarem medidas para mitigar esse risco estarão em uma posição mais sólida para enfrentar os desafios econômicos de 2024.